Desastres Ambientais foi o tema do “7° Módulo do Curso de Gestão e Educação Ambiental”, organizado pelo CBH- PS, através da Câmara Técnica de Educação Ambiental e Mobilização Social (CT-EAMS), que está no seu 15º ano de existência. O módulo foi estruturado em conjunto com o CEMADEN – Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais.
Os alunos se encontraram, apesar da chuva e frio intenso, no Parque da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia para um café da manhã e boas vindas da equipe organizadora e participaram de duas palestras: a apresentação do Parque pelo biólogo João Paulo Villani, da Fundação Florestal e apresentação do tema Gestão dos Recursos Hídricos, ministrada pelo geólogo Edilson de Paula Andrade, do DAEE. Na programação constava uma trilha monitorada com os alunos, mas devido ao mal tempo, uma atividade em grupo foi realizada, orientada pela pesquisadora Débora Olivato, do CEMADEN.
No período da tarde os alunos se dirigiram a São Luiz do Paraitinga, cenário da grande inundação ocorrida há 10 anos, um grande desastre ambiental ocorrido na nossa região. Na biblioteca Municipal, a primeira palestra foi apresentada pelo doutor Victor Marchezini (CEMADEN) sobre “ A experiência de São Luiz do Paraitinga no contexto da ciência de desastre”, área de estudo de seu doutoramento. A segunda palestra da tarde, apresentada por Raquel Trajber, foi sobre o Projeto Cemaden Educação: rede de escolas e comunidades na gestão de risco de desastre, tendo como exemplo escola de São Luiz que foi piloto do projeto e, também com as histórias em quadrinhos inspirada também na grande inundação, sob o título “ Educação + Participação, uma equação para a redução dos riscos de desastres”. A revista pode ser encontrada no link (HTTPS://issuu.com/cemadeneducacao/docs/educ_a_o_prevenc_a_o).
Na sequência, houve um estudo do meio monitorado pelos pesquisadores, na área central de São Luiz do Paraitinga, onde podem ser encontrados alguns efeitos da grande inundação e o que foi feito em relação à mitigação dos riscos. Com essa vivência adquirida na caminhada pela cidade, foi introduzida aos alunos a metodologia para se fazer a cartografia social do local, onde puderam exercitar um mapeamento da percepção dos riscos que tiveram na área central de São Luiz.
“Tivemos um retorno muito positivo dos alunos, e gostamos muito de trabalhar os três temos em conjunto, ou seja, a importância das unidades de conservação, a questão das bacias hidrográficas e redução de riscos de desastres. Os três temas estão inter-relacionados, principalmente quando se trabalha com a questão das inundações”, disse Olivato.